quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A contradição daqueles que padecem sob o próprio veneno



Por Diogo dos Santos Ferreira 

Um dos slogans do neoateísmo é “A religião é veneno”, há livros, sites e blogs sob este título. Materialistas de todos os naipes repetem como um mantra coisas do tipo, mas de que maneira a religião poderia ser veneno... ou que espécie de veneno seria?

Materialmente não é... a religião não se trata de substância tóxica, nem sólida, nem líquida ou gasosa. Ah! A religião seria um veneno para a alma! Não, mas espere... alma não... eles são materialistas. Então seria um veneno para o cérebro... mas não, não, teria de ser material para ser veneno para o cérebro em sentido próprio. Que tolice... é claro que querem dizer que a religião é veneno em sentido figurado. De qualquer maneira isso está ficando estranho, qual seria o cabal “sentido” do sentido figurado que empregam?  Somente se pode levar uma figura de linguagem a sério se admitir-se como premissa que “o ser pode ser dito de várias formas”, ou seja, que o ser é análogo. Hum... mas não, os materialistas são antimetafísicos... e em sendo materialistas o máximo que poderiam dizer da religião é que seria uma ilusão, uma idéia ilusória, mas para ficar no plano bem materialista seria ainda mais apropriado para eles dizer que a religião seria um conjunto de efeitos de sinapses e secreções cerebrais ou glandulares... mas peraí, se for assim eles não poderiam dizer que é veneno, no sentido de algo mal, aliás não poderiam fazer juízo moral objetivo algum sobre ela e sobre nada, já que o mundo seria  um amontoado de efeitos físico-químicos sem perspectiva de causa final.

A referência ao que é bom ou mal não é dada pela matéria– pois certo e errado é “matéria” metafísica e não coisa de materialistas, cujo horizonte teria de se contentar com uma visão fisicista e univocizada do mundo.

Apenas um juízo deôntico e portanto metafísico e portanto excludente do materialismo, premissa do ateísmo, é que pode embasar uma sentença condenatória contra algo “mal”, um “veneno” em sentido figurado.

A metafísica se supera na própria negação, pois ao nega-la se está valendo-se dela necessariamente.

Sem metafísica e as noções objetivas – mas nada materialistas - de bem e mal moral, nada se pode apodar de terrível ou venenoso.

Eu que não sou materialista (Deo Gratia!) posso dizer: o ateísmo é mal... o ateísmo é veneno.

Um comentário:

  1. Por isso nosso apostolado é importante! Precisamos juntos fazer nossa parte e falar de Deus na Rede.

    Quero aproveitar a visita para divulgar nosso 1º twittaço do ano. Gostaríamos da colaboração de todos os grandes blogs católicos! Para saber acesse: http://domvob.wordpress.com/2012/01/02/twittaco-jmj2013euapoio-fique-por-dentro/

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