sexta-feira, 26 de agosto de 2011

JORNADA MUNDIA DA JUVENTUDE 2011 - Por Padre Paulo Ricardo


O mundo todo acompanhou a realização de mais um Dia Mundial da Juventude. Ao contrário das expectativas dos meios de comunicação e do próprio Satanás, o encontro reuniu uma multidão de jovens ao redor do Sumo Pontífice.

A Igreja Católica, neste evento, deu um testemunho de que está mais viva do que nunca. A grande mídia, vendo o triunfo da Igreja, mais uma vez tenta desviar a atenção do que verdadeiramente acontecia para enfocar pequenas manifestações contrárias.

Seguindo a intuição do beato João Paulo II, a Igreja quer continuar a sua missão, resgatando jovens das mãos do inimigo para novamente confiá-los à mão misericordiosa de Deus.

Fonte: padrepauloricardo.org

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Papisa que não vai desaparecer


Tomemos posse de uma lenda urbana católica com uma deformação. Esta data de antes da Reforma Protestante e as suas fontes são, portanto, inteiramente católicas. E finalizando a deformação, a primeira refutação amplamente aceita veio de um estudioso calvinista.


É a lenda da Papisa Joana, supostamente a primeira e única mulher eleita papisa. De acordo com o conto, ela foi papisa no século IX durante a chamada "Idade das Trevas" até que a sua identidade feminina fosse revelada. Tão antigo quanto o século XIII e tão recente quanto um “especial” da ABC News de 2005 será a Papisa Joana por toda a parte, contanto que ela tenha um propósito anticatólico. Ela começou como uma fábula antipapista mantida como propaganda nativista anticatólica e se desabrochou num ícone feminista do século XXI.


De muitas maneiras, a Papisa Joana se adapta à tradicional lenda urbana católica. Tome qualquer período histórico e ela pode ser moldada em um nicho solidamente anticatólico. No século XVI, os dissidentes protestantes a usaram para ilustrar o nadir de um papado sempre corrupto. No século XIX, ela foi retratada como uma mulher violada e arruinada pelo clericalismo lascivo, símbolo da perversidade na qual Roma tinha se afundado. No século XXI, ela representa a mulher com poderes que lutou contra o sexismo intransigente da Igreja Católica e que, portanto, teve de ser destruído.


Lenda Não Tão Piedosa


O que é a lenda da papisa? Histórias são abundantes, mas vamos com a edição mais recente, um relatório “especial” de televisão da ABC News em Dezembro de 2005.


Narrada ofegantemente por Diane Sawyer, a capitulação da ABC News começa na cidade de Mainz, Alemanha, no século IX, onde uma jovem garota brilhante trata de se deslocar para um mosteiro disfarçada de garoto. Ela se torna uma estudante adepta e ao final faz o seu caminho para Atenas, ainda disfarçada de garoto. Mas nessa altura ela também tinha tomado um amante que compartilhava o seu segredo.


De Atenas, a mocinha se dirige a Roma do século IX, descrita pela Sra. Sawyer como a casa dos "monges devassos, cardeais maquinadores, santos travestis, intriga, melodrama, corrupção e violência." Agora conhecida como "João Inglês", a garota se torna uma secretária curial respeitada e, em seguida, um cardeal feminino, e — rufem os tambores, por favor — "a escolha de todos para Papa no ano de 855".


Mas não devia haver um final feliz. "A Papisa Joana estava no meio de uma procissão papal...quando... ela sentiu fortes dores em seu estômago... O impensável aconteceu: A papisa estava tendo um bebê".


Embora reconhecendo que a história termine de maneira diferente conforme o ditado, Sawyer relatou que a Papisa Joana foi ou apedrejada ou arrastada da cauda de um cavalo até à sua morte. E, em seguida, engatando a lenda em alta marcha, Sawyer afirmou que o constrangimento sobre a Papisa Joana resultou no celibato sacerdotal obrigatório ("uma exigência que ainda hoje é controvertida"), uma repressão aos místicos femininos poderosos que alegaram que eles podiam se comunicar diretamente com Deus e que não precisavam da Igreja dominada pelos homens e “mulheres mártires donas de casa... que eram torturadas por suas crenças religiosas".


Um monte de lendas urbanas católicas enroladas umas nas outras.


O mito do "João Inglês"


A moral do século XXI sobre a lenda da Papisa Joana é clara: a Igreja teme mulheres poderosas, a Igreja tem propositadamente posto fora de forma literária qualquer menção a mulheres poderosas de sua história, e a tradição persistente do celibato sacerdotal resultou do ódio às mulheres.


O fato de que o celibato sacerdotal existia na Igreja Ocidental séculos antes desta fábula e que as mulheres poderosas eram parte da história da Igreja bem antes que a sociedade secular permitisse tal coisa é irrelevante para a propaganda. A coisa surpreendente — ou talvez não tão surpreendente — é que ninguém na ABC News considerou que isso poderia ser devaneio anticatólico contemporâneo ao invés de qualquer tipo de apresentação objetiva. Tudo é apenas o "pensamento normativo e parte da bagagem cultural da mente progressiva" para citar-me.


Então, qual é a história sobre a Papisa Joana? Em suma, como descrito por um historiador recente sobre o papado, John-Peter Pham em Heirs of the Fisherman (Herdeiros do Pescador - Oxford University Press), a Papisa Joana é "uma papisa lendária que nunca existiu" (253). Ainda, "de meados do século XIII até meados do século XVII, a história de que tinha sido uma papisa... em algum momento no século nono, décimo e décimo primeiro foi quase universalmente aceita como fato histórico."(Pham, Heirs, 253).


De acordo com Pham, a primeira vez que a "Papisa Joana" foi mencionada em qualquer registro histórico conhecido foi em "Universal History of Metz” (História Universal de Metz) em torno de 1250. O trabalho foi atribuído a Jean de Mailly, um padre dominicano que deu o traçado básico da fábula. Ele escreveu que o Papa Vítor III (1087), que teve um pontificado de apenas quatro meses, foi sucedido por uma mulher disfarçada de homem, que morreu após o parto durante uma procissão papal.


Um outro padre dominicano e um frade franciscano repetiram o conto em suas próprias obras, mas mudaram o "papado" feminino para 1100, em seguida para 915. Foi então incluída em "Chronicle of Popes and Emperors” (Crônica de Papas e Imperadores) de Martin de Troppau no final do século XIII. Martin deu à história a sua estrutura essencial, com Joana sendo eleita como "João Ânglico" após a morte do Papa Leão IV (847-855). Cavalgando em procissão da Basílica de São Pedro à Basílica Lateranense, ela supostamente deu à luz em uma rua estreita entre o Coliseu e a Basílica de São Clemente. Ela morreu de parto e foi sepultada no local. As gerações posteriores juntaram à história os detalhes sangrentos de uma multidão irada matando o bebê e ela.


Um Mito Ganha, Perde, Evapora-se


O mito de Joana teria sido esquecido como a invenção que era se não fosse pego pelo poeta italiano Boccaccio no século XIV que o usou para sua própria propaganda antipapista. Outros humanistas seguiram o exemplo, tentando estabelecer uma pontuação italiana contra os papas para seus patrocinadores que pagavam bem. A Catedral de Siena tinha um busto de Joana, um sinal, menos de sua historicidade do que de sua contenda com o Vaticano. Pham assinala que a história de Joana foi mais tarde usada pelo dissidente de Boêmia João Hus (m. 1415) como parte da sua lista de supostos crimes do papado.


Já no século XV, quando começaram as primeiras agitações daquilo que poderia ser chamado de uma abordagem mais disciplinada da história, a história de Joana foi posta em questão. Quando a fábula foi usada como forragem anticatólica durante a Reforma Protestante, historiadores católicos começaram a questionar a sua historicidade. E logo, por estranho que pareça, a sua perspectiva foi confirmada por um historiador francês calvinista.


David Blondel (1590-1655), que viveu na Holanda, foi um protestante que efetivamente usou as primeiras ferramentas de estudo histórico para desmantelar o mito da Papisa Joana. Seguindo a história dos Papas durante esse período e a falta de qualquer menção contemporânea de Joana que haveria, seria um evento espantoso para ser explorado pelos inimigos papais, se fosse verdadeiro. Ele repudiou a lenda. Os companheiros protestantes dele da época recusavam Blondel porque, como disse Pierre Bayle, “o interesse protestante requer que a história de Joana seja verdadeira".


E por isso a lenda da Papisa Joana persistiu. Ela fez boa polêmica na Reforma. A história da Papisa Joana não foi inventada na Reforma, assim como foram muitas lendas urbanas católicas. Mas a Reforma lhe deu o ímpeto para saltar ao pensamento moderno — e por fim aparecer em um especial da ABC News no século XXI.


A Lacuna Faltando


A falha fundamental na lenda da Papisa Joana e o motivo de qualquer historiador sério reijeitá-la é que não há "lacuna" no registro histórico real rastreável onde a "Papisa Joana" teria se adequado se a lenda fosse verdadeira. A lenda coloca a Papisa Joana no papado de 855 a 857, eleita como "João Ânglico". Mas o Papa Leão IV, que morreu em junho de 855, foi imediatamente sucedido pelo Papa Bento III. Sabemos disso porque a eleição de Bento não foi sem controvérsia. O imperador bizantino tentou fazer com que seu filho se instalasse como Papa em seu lugar. Roma foi invadida e Bento, preso. Quando os romanos se opuseram a isso, Bento foi libertado da prisão em setembro. Simplesmente não havia espaço de tempo histórico em que um Papa imaginário pudesse ter tomado lugar.


De igual importância para os historiadores é a ausência de qualquer registro, menção ou referência a uma "Papisa Joana" até quase 400 anos depois de sua eleição. Como Blondel percebeu, teria sido impossível que um evento como esse acontecesse ou que um papado tivesse existido por aproximadamente três anos sem algum registro contemporâneo daqueles anos. E mesmo quando algumas versões avançam a data, uma lacuna de séculos antes de ela ser mencionada pela primeira vez permanece, e o registro histórico dos papas existentes naqueles tempos é irrefutável.


Então, logicamente, não houve Papisa Joana.


Duas questões permanecem: Onde a lenda surgiu pela primeira vez e por que nós ainda lidamos com ela hoje?


Quanto a de onde veio a lenda, os historiadores só podem conjecturar. Pham afirma que "o cerne da história geralmente é considerado como sendo um antigo conto popular romano" (Heirs 254). Outros veem uma possível fonte saindo de alegações de que o Papa João VIII (872-882) fosse efeminado, mesmo que essa acusação pareça ter carência substancial. Ainda outros sugerem que a história possa ter vindo do papado do Papa Sérgio (904-911), a quem os romanos viam como fraco e dominado por mulheres poderosas e corruptas. Alguns historiadores acreditam que a lenda possa ter vindo do Império Bizantino do Oriente como um meio para desacreditar o papado "ocidental".


Qualquer que seja a fonte, a história é repleta de lendas de mulheres disfarçadas de homens subindo até grandes posições. A Grécia e a Roma Antigas as tinham. Mas o propósito de tais lendas geralmente era satírico: pretendia-se mostrar quão fracos ou corruptos tinham se tornado os homens do tempo e do lugar. A moral do conto foi que os homens eram tão sem coragem que uma mulher podia assumir a liderança. E isso significa que a lenda da Papisa Joana é dificilmente uma hagiografia feminista. Isso reflete, no mínimo, um ânimo degradante e persistente com respeito às mulheres que tardou desde a cultura pagã.


Por que ainda estamos lidando com a Papisa Joana hoje quando milhares de lendas medievais parecidas desapareceram? Pesquise “Papisa Joana” no Google e você vai encontrar milhões de referências na internet. A lenda persiste pela mesma razão que todas as lendas urbanas católicas persistem — elas se encaixam com a propaganda anticatólica contemporânea. Joana sobreviveu — apesar das primeiras formas de crítica histórica mostrando-a ser um mito — porque ela se adapta uma ordem do dia.


Como Bayle poderia dizer a Blondel: "O interesse secular requer que a história de Joana seja verdadeira."


Traduzido para o Veritatis Splendor por Marcos Zamith.


Fonte: www.veritatis.com.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Adoro te Devote - Santo Tomás de Aquino

Pax et Ignis!
"Adoro te Devote" é o mais belo canto de todos os tempos referente à Sagrada Eucaristia. Santo Tomás de Aquino soube traduzir em palavras a grande sabedoria e santidade que permanece velada na Hóstia Consagrada: o próprio Cristo, em corpo, alma e divindade.


ADORO TE DEVOTE (TRADUÇÃO)

1.Adoro te devote, latens Deitas,
Quae sub his figúris vere látitas
Tíbi se cor méum tótum súbjicit
Quia te contémplans tótum déficit.


1.Eu vos adoro devotamente, ó Divindade escondida,
Que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências,
A Vós, meu coração submete-se todo por inteiro,
Porque, vos contemplando, tudo desfalece.

2.Vísus, táctus, gústus in te fállitur,
Sed audítu sólo tuto creditur
Credo quídquid díxit Dei Fílius
Nil hoc verbo veritátis vérius.


2.A vista, o tato, o gosto falham com relação a Vós
Mas, somente em vos ouvir em tudo creio.
Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus,
Nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.

3.In crúce latébat sola Deitas,
At hic látet simul et humánitas
Ambo tamen crédens atque cónfitens,
Péto quod petívit látro paénitens.


3.Na cruz, estava oculta somente a vossa Divindade,
Mas aqui, oculta-se também a vossa Humanidade.
Eu, contudo, crendo e professando ambas,
Peço aquilo que pediu o ladrão arrependido.

4.Plagas, sicut Thomas, non intúeor
Déus tamen méum te confíteor
Fac me tíbi semper magis crédere,
In te spem habére, te dilígere.


4.Não vejo, como Tomé, as vossas chagas
Entretanto, vos confesso meu Senhor e meu Deus
Faça que eu sempre creia mais em Vós,
Em vós esperar e vos amar.

5.O memoriále mórtis Dómini,
Pánis vívus vítam praéstans hómini,
Praésta méae ménti de te vívere,
Et te ílli semper dulce sápere.


5.Ó memorial da morte do Senhor,
Pão vivo que dá vida aos homens,
Faça que minha alma viva de Vós,
E que à ela seja sempre doce este saber.

6.Pie pellicáne Jésu Domine,
Me immundum munda túo sánguine,
Cújus una stílla sálvum fácere
Tótum múndum quit ab ómni scélere.


6.Senhor Jesus, bondoso pelicano,
Lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue
Pois que uma única gota faz salvar
Todo o mundo e apagar todo pecado.

.Jesu, quem velátum nunc aspício,
Oro fiat illud quod tam sítio
Ut te reveláta cérnens fácie,
Vísu sim beátus túae glóriae. Amem.


7.Ó Jesus, que velado agora vejo
Peço que se realize aquilo que tanto desejo
Que eu veja claramente vossa face revelada
Que eu seja feliz contemplando a vossa glória. Amem

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

E nós que cremos , reconhecemos o amor que Deus tem para conosco

Por Pe. Rafael Henrique da Costa, mps

“ E nós que cremos , reconhecemos o amor que Deus tem para conosco...” JO 4, 16

Esse trecho do Evangelho é muito forte e nos ajuda a pensar em situações que convivemos diariamente. É simples, quem não crê, tem medo, por isso não dá passos para viver o amor. Observando por esse lado, poderíamos até dizer que o medo tem 2 dimensões:

- positiva: pois, me ensina a ser humilde, a reconhecer que estou precisando de ajuda;

- negativa: quando me deixa paralisado, me impedindo de caminhar.

Mas viver na fé, é experimentar o amor que vem Deus, que é intenso e sem limites, amor que é total, sem restrições, condições ou reservas. Vejamos que realidade de cura para o nosso coração:Deus me amou por primeiro, é Ele quem está apaixonado por mim, “seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir...” Deus me seduz , mas não deixa de mostrar as provas. O mundo vive um amor de aparências, inconstante, o amor para com Deus é um amor de comprometimento. Quem vive no medo, não conhece esse amor intenso de Deus.

Se, vivo na constância do amor de Deus não temerei as dificuldades, a solidão, pois, experimentarei que minha solidão é acompanhada, e, são nesses momentos que sentirei em profundidade a paixão de Deus por mim. Agora, quem teme a solidão não permite ser cuidado por Deus. Estar na solidão com Deus é deixá-lo consolar.

A experiência da total dependência de Deus nos mostra quem somos, nos mostra o nosso lugar e, a partir daí inicia o nosso recomeço, a vida nova. Mas quem não está apaixonado pelo Criador, não está livre para permitir ser amado pelas criaturas.

Termino aqui lembrando uma frase do Irmão Roger de Taizé:“Cristo não obriga ninguém a amá-lo, mas Ele nos ama primeiro. Ele fica ao lado de cada pessoa como um pobre.” Deixemos de lado nossos medos e nos lancemos ao Amor.

O amor lança fora todo temor!!!

Pe. Rafael Henrique da Costa, mps

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Qual o significado das letras JHS?

A sigla JHS: É o Monograma de Cristo que significa “Iesus Hominun Salvator” (Jesus Salvador dos Homens), e não Jesus Homem Salvador como geralmente se percebe em algumas traduções de forma errônea.

O monograma de Cristo corresponde as três primeiras letras de “Ihsus” que é como se escreve Jesus no grego – também aparece escrito como Ihcus. Grego esse no qual foram escritos os evangelhos de Marcos e Lucas.

O “J” em paleografia corresponde ao pronúncia do “I” na antiguidade, da mesma forma que o “V” era empregado como “U”.