Pesquisado e compilado por Celito Garcia
O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial.
Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus:
"Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espíritu da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência;
para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e con a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu".
Agora bem, Porquê é importante que os católicos recordemos e aprofundemos no Dogma da Assução da Santíssima Virgem Maria ao Céu?
O Novo Catecismo da Igreja Católica responde à esta interrogação:
"A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos"(966).
A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, radica na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, quem se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.
Mais ainda, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu é um dogma da nossa fé católica, expressamente definido pelo Papa Pio XII pronunciando-se "ex-cathedra". E... Quê é um Dogma?
Posto nos termos mais simples, Dogma é uma verdade de Fé, revelada por Deus (na Sagrada Escritura ou contida na Tradição), e que também é proposta pela Igreja como realmente revelada por Deus.
Neste caso se diz que o Papa fala "ex-cathedra", quer dizer, que fala e determina algo em virtude da autoridade suprema que tem como Vigário de Cristo e Cabeça Visível da Igreja, Mestre Supremo da Fé, com intenção de propor um assunto como crença obrigatória dos fiéis católicos.
O Novo Catecismo da Igreja Católica (966) nos explica assim, citando a Lumen Gneitium 59, que à sua vez cita a Bula da Proclamção do dogma:
"Finalmente a Virgem Imaculada, preservada livre de toda macha de pecado original, terminado o curso da sua vida terrena foi levada à glória do Céu e elevada ao trobno do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada mais plenamente a Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da mrote".
E o Papa João Paulo II, em uma das suas catequeses sobre a Assunção, explica isto mesmo nos seguintes termos:
"O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular previlégio" (JPII, 2- Julho-97).
"Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Crsito, Verbo Encarnado, Maria é a primeria criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos" (JPII, Audiência Geral do 9-julho-97). Continua o Papa: "Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que 'escutam a Palavra de Deus e a cumprem'(Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial"(JPII, 15-agosto-97).
Os homens e mulheres de hoje vivimos pendentes do enigma da morte. Ainda que o enfoquemos de diversas formas, segundo a cultura e crenças que tenhamos, por mais que o evadimos em nosso pensamento por mais que tratemos de prolongar por todos os meios ao nosso alcane nossos dias na terra, todos temos uma necessidade grande desta esperança certa de imortalidade contida na promessa de Cristo sobre nossa futura ressurreição.
Muito bem faria a muitos cristãos ouvir e ler mais sobre este mistério da Assunção de Maria, o qual nos diz respeito tão diretamente. Por quê se chegou a difundir-se a crença no mito pagão da re-encarnação entre nós? Se pensamos bem, estas idéias estranhas à nossa fé cristão vieram metendo-se na medida em que deixamos de pensar, de predicar e de recordar aos mistérios, que como o da Assunção, têm a ver com a outra vida, com a escatologia, com as realidades últimas do ser humano.
O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu nos convida a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terrra, sobre o nosso fim último: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os Anjos e Santos do Céu. O fato de saber que Maria já está no Céu gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido aos que façamos a Vontade de Deus, nos renova a esperança em nossa futura imortalidade e felicidade perfeita para sempre.
Fonte: ACI Digital
Principais reformadores protestantes:
João Calvino (1509-1564):
“Somente Deus pode permitir que Maria se dirija ao mundo, através de aparições. Cristãos Evangélicos da Alemanha, deveremos talvez continuar a opor-lhes recusa e indiferença? Temos o direito de examinar tais fatos. Seria o cúmulo da tolice ignorarmos a voz de Deus que fala ao mundo, pela mediação de Maria, e dar-lhe as costas, unicamente, porque Ele faz ouvir sua voz através da Igreja Católica (Fonte: Manifesto de Dresden 05/1982).
No seu Magnificat, Maria declara que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada até o fim dos tempos. Todos nós verificamos que esta profecia se cumpre na Igreja Católica e, nestes tempos dolorosos, com intensidade sem precedentes. Na Igreja Evangélica, tal profecia caiu em tão grande esquecimento que dificilmente se encontra algum vestígio da mesma.”
Fonte: “Manifesto de Dresden” Maio/1982,Teólogos Luteranos Alemães.
A Bíblia:
Ap 11,19; 12,1-18 - Abriu-se o templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva.
Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.
Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz.
Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas.
Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho.
Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono.
A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias.
Eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: Agora chegou a salvação, o poder e a realeza de nosso Deus, assim como a autoridade de seu Cristo, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava, dia e noite, diante do nosso Deus.
O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino.
Este, então, se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.
Salmo 44, 1-18 - Ao mestre de canto. Segundo a melodia: Os lírios. Hino dos filhos de Coré. Canto nupcial.
Transbordam palavras sublimes do meu coração. Ao rei dedico o meu canto. Minha língua é como o estilo de um ágil escriba.
Sois belo, o mais belo dos filhos dos homens. Expande-se a graça em vossos lábios, pelo que Deus vos cumulou de bênçãos eternas.
Cingi-vos com vossa espada, ó herói; ela é vosso ornamento e esplendor.
Erguei-vos vitorioso em defesa da verdade e da justiça. Que vossa mão se assinale por feitos gloriosos.
Aguçadas são as vossas flechas; a vós se submetem os povos; os inimigos do rei perdem o ânimo.
Vosso trono, ó Deus, é eterno, de eqüidade é vosso cetro real.
Amais a justiça e detestais o mal, pelo que o Senhor, vosso Deus, vos ungiu com óleo de alegria, preferindo-vos aos vossos iguais.
Exalam vossas vestes perfume de mirra, aloés e incenso; do palácio de marfim os sons das liras vos deleitam.
Filhas de reis formam vosso cortejo; posta-se à vossa direita a rainha, ornada de ouro de Ofir.
Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece o teu povo e a casa de teu pai.
De tua beleza se encantará o rei; ele é teu senhor, rende-lhe homenagens.
Habitantes de Tiro virão com seus presentes, próceres do povo implorarão teu favor.
Toda formosa, entra a filha do rei, com vestes bordadas de ouro.
Em roupagens multicores apresenta-se ao rei, após ela vos são apresentadas as virgens, suas companheiras.
Levadas entre alegrias e júbilos, ingressam no palácio real.
Tomarão os vossos filhos o lugar de vossos pais, vós os estabelecereis príncipes sobre toda a terra.
Celebrarei vosso nome através das gerações. E os povos vos louvarão eternamente.
A Assunção de Maria na Tradição da Igreja:
Papa João Paulo II - 1. A perene e coral tradição da Igreja evidencia o modo como a Assunção de Maria faz parte do desígnio divino e está arraigada na singular participação de Maria na missão do Filho. Já no primeiro milênio os autores sagrados se exprimem neste sentido.Testemunhos, na verdade apenas delineados, encontram-se em Santo Ambrósio, Santo Epifânio e Timóteo de Jerusalém. São Germano de Constantinopla (733) coloca nos lábios de Jesus, que Se prepara para levar a Sua Mãe para o céu, estas palavras: “É preciso que onde estou Eu, também tu estejas, Mãe inseparável de teu Filho…” (HomiL 3 in Dormitionem, PG 98, 360).
Além disso, a mesma tradição eclesial vê na maternidade divina a razão fundamental da Assunção. esta convicção encontramos um vestígio interessante em uma narração apócrifa do século V, atribuída ao pseudo-Melitão. O autor imagina Cristo que interroga Pedro e os Apóstolos sobre a sorte merecida por Maria, e deles obtém esta resposta: “Senhor, escolhestes esta Tua serva a fim de que se torne para Ti uma residência imaculada… Portanto, pareceu-nos justo, a nós Teus servos que, assim como Tu reinas na glória depois de teres vencido a morte, Tu ressuscitas o corpo de Tua Mãe e conduze-a jubilosa contigo ao céu” (De transitu V. Mariae, 16 PG 5, 1238). Portanto, pode-se afirmar que a divina maternidade, que tornou o corpo de Maria a residência imaculada do Senhor, se funde com o seu destino glorioso.
2. Num texto rico de poesia, São Germano afirma que é o afeto de Jesus pela sua Mãe que exige a presença de Maria no céu com o Filho divino: “Assim como uma criança procura e deseja a presença de sua Mãe, e como uma Mãe ama viver em companhia de seu filho, assim também para ti, cujo amor materno pelo teu Filho e Deus não deixa dúvidas, era conveniente que tu voltasses para Ele. E, em todo o caso, não era por ventura conveniente que este Deus, que provava por ti um amor deveras filial, te tomasse em Sua companhia?(Homil. 1 in Dormitionem, PG 98, 347). Num outro texto, o venerando autor integra o aspecto privado da relação entre Cristo e Maria, com a dimensão salvífica da maternidade, afirmando que “era necessário que a Mãe da Vida compartilhasse a habitação da Vida” (Ibid., PG 98, 348).
3. Segundo os Padres da Igreja, outro argumento que fundamenta o privilégio da Assunção pode-se deduzir da participação de Maria na redenção. São João Damasceno sublinha a relação entre a participação na Paixão e a sorte gloriosa: “Era necessário que aquela que vira o seu Filho sobre a cruz e recebera em pleno coração a espada da dor… contemplasse este Filho sentado à direita do Pai” (Homil. 2, PG 96, 741). À luz do Mistério pascal, parece de modo particularmente evidente a oportunidade que, com o Filho, também a Mãe fosse glorificada depois da morte. O Concílio Vaticano Il, recordando na Constituição dogmática sobre a Igreja o mistério da Assunção, chama a atenção para o privilégio da Imaculada Conceição: precisamente porque fora “preservada de toda a mancha de culpa original” (LG, 59), Maria não podia permanecer como os outros homens no estado de morte até ao fim do mundo. A ausência do pecado original e a santidade, perfeita desde o primeiro momento da existência, exigiam para a Mãe de Deus a plena glorificação da sua alma e do seu corpo.
4. Olhando para o mistério da Assunção da Virgem é possível compreender o plano da Providência divina relativa à humanidade: depois de Cristo, Verbo encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realiza o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade, prometida aos eleitos mediante à ressurreição dos corpos.Na Assunção da Virgem, podemos ver também a vontade divina de promover a mulher. Em analogia a quanto se verificara na origem do gênero humano e da história da salvação, no projeto de Deus o ideal escatológico devia revelar-se não em um indivíduo, mas num casal. Por isso, na glória celeste, ao lado de Cristo ressuscitado há uma mulher ressuscitada, Maria: o novo Adão e a nova Eva, primícias da ressurreição geral dos corpos da humanidade inteira. Sem dúvida, a condição escatológica de Cristo e a de Maria não devem ser postas no mesmo plano. Maria, nova Eva, recebeu de Cristo, novo Adão, a plenitude de graça e de glória celeste, tendo sido ressuscitada pelo poder soberano do Filho mediante o Espírito Santo.
5. Embora sejam sucintas, estas observações permitem-nos esclarecer que a Assunção de Maria revela a nobreza e a dignidade do corpo humano. Diante das profanações e do aviltamento a que a sociedade moderna não raro submete em particular o corpo feminino, o mistério da Assunção proclama o destino sobrenatural e a dignidade de cada corpo humano, chamado pelo Senhor a tornar-se instrumento de santidade e a participar na Sua glória.
Maria entrou na glória porque escutou no seu seio virginal e no seu coração o Filho de Deus. Olhando para ela, o cristão aprende a descobrir o valor do próprio corpo e a preservá-lo como templo de Deus, na expectativa da ressurreição. A Assunção, privilégio concedido à Mãe de Deus, constitui assim um imenso valor para a vida e o destino da humanidade.
* L’Osservatore Romano, ed. port. n.28, 12/07/1997, pag. 12(332)
O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial.
Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus:
"Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espíritu da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência;
para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e con a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu".
Agora bem, Porquê é importante que os católicos recordemos e aprofundemos no Dogma da Assução da Santíssima Virgem Maria ao Céu?
O Novo Catecismo da Igreja Católica responde à esta interrogação:
"A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos"(966).
A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, radica na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, quem se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.
Mais ainda, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu é um dogma da nossa fé católica, expressamente definido pelo Papa Pio XII pronunciando-se "ex-cathedra". E... Quê é um Dogma?
Posto nos termos mais simples, Dogma é uma verdade de Fé, revelada por Deus (na Sagrada Escritura ou contida na Tradição), e que também é proposta pela Igreja como realmente revelada por Deus.
Neste caso se diz que o Papa fala "ex-cathedra", quer dizer, que fala e determina algo em virtude da autoridade suprema que tem como Vigário de Cristo e Cabeça Visível da Igreja, Mestre Supremo da Fé, com intenção de propor um assunto como crença obrigatória dos fiéis católicos.
O Novo Catecismo da Igreja Católica (966) nos explica assim, citando a Lumen Gneitium 59, que à sua vez cita a Bula da Proclamção do dogma:
"Finalmente a Virgem Imaculada, preservada livre de toda macha de pecado original, terminado o curso da sua vida terrena foi levada à glória do Céu e elevada ao trobno do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada mais plenamente a Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da mrote".
E o Papa João Paulo II, em uma das suas catequeses sobre a Assunção, explica isto mesmo nos seguintes termos:
"O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular previlégio" (JPII, 2- Julho-97).
"Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Crsito, Verbo Encarnado, Maria é a primeria criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos" (JPII, Audiência Geral do 9-julho-97). Continua o Papa: "Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que 'escutam a Palavra de Deus e a cumprem'(Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial"(JPII, 15-agosto-97).
Os homens e mulheres de hoje vivimos pendentes do enigma da morte. Ainda que o enfoquemos de diversas formas, segundo a cultura e crenças que tenhamos, por mais que o evadimos em nosso pensamento por mais que tratemos de prolongar por todos os meios ao nosso alcane nossos dias na terra, todos temos uma necessidade grande desta esperança certa de imortalidade contida na promessa de Cristo sobre nossa futura ressurreição.
Muito bem faria a muitos cristãos ouvir e ler mais sobre este mistério da Assunção de Maria, o qual nos diz respeito tão diretamente. Por quê se chegou a difundir-se a crença no mito pagão da re-encarnação entre nós? Se pensamos bem, estas idéias estranhas à nossa fé cristão vieram metendo-se na medida em que deixamos de pensar, de predicar e de recordar aos mistérios, que como o da Assunção, têm a ver com a outra vida, com a escatologia, com as realidades últimas do ser humano.
O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu nos convida a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terrra, sobre o nosso fim último: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os Anjos e Santos do Céu. O fato de saber que Maria já está no Céu gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido aos que façamos a Vontade de Deus, nos renova a esperança em nossa futura imortalidade e felicidade perfeita para sempre.
Fonte: ACI Digital
Principais reformadores protestantes:
João Calvino (1509-1564):
“Somente Deus pode permitir que Maria se dirija ao mundo, através de aparições. Cristãos Evangélicos da Alemanha, deveremos talvez continuar a opor-lhes recusa e indiferença? Temos o direito de examinar tais fatos. Seria o cúmulo da tolice ignorarmos a voz de Deus que fala ao mundo, pela mediação de Maria, e dar-lhe as costas, unicamente, porque Ele faz ouvir sua voz através da Igreja Católica (Fonte: Manifesto de Dresden 05/1982).
No seu Magnificat, Maria declara que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada até o fim dos tempos. Todos nós verificamos que esta profecia se cumpre na Igreja Católica e, nestes tempos dolorosos, com intensidade sem precedentes. Na Igreja Evangélica, tal profecia caiu em tão grande esquecimento que dificilmente se encontra algum vestígio da mesma.”
Fonte: “Manifesto de Dresden” Maio/1982,Teólogos Luteranos Alemães.
A Bíblia:
Ap 11,19; 12,1-18 - Abriu-se o templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva.
Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.
Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz.
Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas.
Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho.
Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono.
A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias.
Eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: Agora chegou a salvação, o poder e a realeza de nosso Deus, assim como a autoridade de seu Cristo, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava, dia e noite, diante do nosso Deus.
O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino.
Este, então, se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.
Salmo 44, 1-18 - Ao mestre de canto. Segundo a melodia: Os lírios. Hino dos filhos de Coré. Canto nupcial.
Transbordam palavras sublimes do meu coração. Ao rei dedico o meu canto. Minha língua é como o estilo de um ágil escriba.
Sois belo, o mais belo dos filhos dos homens. Expande-se a graça em vossos lábios, pelo que Deus vos cumulou de bênçãos eternas.
Cingi-vos com vossa espada, ó herói; ela é vosso ornamento e esplendor.
Erguei-vos vitorioso em defesa da verdade e da justiça. Que vossa mão se assinale por feitos gloriosos.
Aguçadas são as vossas flechas; a vós se submetem os povos; os inimigos do rei perdem o ânimo.
Vosso trono, ó Deus, é eterno, de eqüidade é vosso cetro real.
Amais a justiça e detestais o mal, pelo que o Senhor, vosso Deus, vos ungiu com óleo de alegria, preferindo-vos aos vossos iguais.
Exalam vossas vestes perfume de mirra, aloés e incenso; do palácio de marfim os sons das liras vos deleitam.
Filhas de reis formam vosso cortejo; posta-se à vossa direita a rainha, ornada de ouro de Ofir.
Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece o teu povo e a casa de teu pai.
De tua beleza se encantará o rei; ele é teu senhor, rende-lhe homenagens.
Habitantes de Tiro virão com seus presentes, próceres do povo implorarão teu favor.
Toda formosa, entra a filha do rei, com vestes bordadas de ouro.
Em roupagens multicores apresenta-se ao rei, após ela vos são apresentadas as virgens, suas companheiras.
Levadas entre alegrias e júbilos, ingressam no palácio real.
Tomarão os vossos filhos o lugar de vossos pais, vós os estabelecereis príncipes sobre toda a terra.
Celebrarei vosso nome através das gerações. E os povos vos louvarão eternamente.
A Assunção de Maria na Tradição da Igreja:
Papa João Paulo II - 1. A perene e coral tradição da Igreja evidencia o modo como a Assunção de Maria faz parte do desígnio divino e está arraigada na singular participação de Maria na missão do Filho. Já no primeiro milênio os autores sagrados se exprimem neste sentido.Testemunhos, na verdade apenas delineados, encontram-se em Santo Ambrósio, Santo Epifânio e Timóteo de Jerusalém. São Germano de Constantinopla (733) coloca nos lábios de Jesus, que Se prepara para levar a Sua Mãe para o céu, estas palavras: “É preciso que onde estou Eu, também tu estejas, Mãe inseparável de teu Filho…” (HomiL 3 in Dormitionem, PG 98, 360).
Além disso, a mesma tradição eclesial vê na maternidade divina a razão fundamental da Assunção. esta convicção encontramos um vestígio interessante em uma narração apócrifa do século V, atribuída ao pseudo-Melitão. O autor imagina Cristo que interroga Pedro e os Apóstolos sobre a sorte merecida por Maria, e deles obtém esta resposta: “Senhor, escolhestes esta Tua serva a fim de que se torne para Ti uma residência imaculada… Portanto, pareceu-nos justo, a nós Teus servos que, assim como Tu reinas na glória depois de teres vencido a morte, Tu ressuscitas o corpo de Tua Mãe e conduze-a jubilosa contigo ao céu” (De transitu V. Mariae, 16 PG 5, 1238). Portanto, pode-se afirmar que a divina maternidade, que tornou o corpo de Maria a residência imaculada do Senhor, se funde com o seu destino glorioso.
2. Num texto rico de poesia, São Germano afirma que é o afeto de Jesus pela sua Mãe que exige a presença de Maria no céu com o Filho divino: “Assim como uma criança procura e deseja a presença de sua Mãe, e como uma Mãe ama viver em companhia de seu filho, assim também para ti, cujo amor materno pelo teu Filho e Deus não deixa dúvidas, era conveniente que tu voltasses para Ele. E, em todo o caso, não era por ventura conveniente que este Deus, que provava por ti um amor deveras filial, te tomasse em Sua companhia?(Homil. 1 in Dormitionem, PG 98, 347). Num outro texto, o venerando autor integra o aspecto privado da relação entre Cristo e Maria, com a dimensão salvífica da maternidade, afirmando que “era necessário que a Mãe da Vida compartilhasse a habitação da Vida” (Ibid., PG 98, 348).
3. Segundo os Padres da Igreja, outro argumento que fundamenta o privilégio da Assunção pode-se deduzir da participação de Maria na redenção. São João Damasceno sublinha a relação entre a participação na Paixão e a sorte gloriosa: “Era necessário que aquela que vira o seu Filho sobre a cruz e recebera em pleno coração a espada da dor… contemplasse este Filho sentado à direita do Pai” (Homil. 2, PG 96, 741). À luz do Mistério pascal, parece de modo particularmente evidente a oportunidade que, com o Filho, também a Mãe fosse glorificada depois da morte. O Concílio Vaticano Il, recordando na Constituição dogmática sobre a Igreja o mistério da Assunção, chama a atenção para o privilégio da Imaculada Conceição: precisamente porque fora “preservada de toda a mancha de culpa original” (LG, 59), Maria não podia permanecer como os outros homens no estado de morte até ao fim do mundo. A ausência do pecado original e a santidade, perfeita desde o primeiro momento da existência, exigiam para a Mãe de Deus a plena glorificação da sua alma e do seu corpo.
4. Olhando para o mistério da Assunção da Virgem é possível compreender o plano da Providência divina relativa à humanidade: depois de Cristo, Verbo encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realiza o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade, prometida aos eleitos mediante à ressurreição dos corpos.Na Assunção da Virgem, podemos ver também a vontade divina de promover a mulher. Em analogia a quanto se verificara na origem do gênero humano e da história da salvação, no projeto de Deus o ideal escatológico devia revelar-se não em um indivíduo, mas num casal. Por isso, na glória celeste, ao lado de Cristo ressuscitado há uma mulher ressuscitada, Maria: o novo Adão e a nova Eva, primícias da ressurreição geral dos corpos da humanidade inteira. Sem dúvida, a condição escatológica de Cristo e a de Maria não devem ser postas no mesmo plano. Maria, nova Eva, recebeu de Cristo, novo Adão, a plenitude de graça e de glória celeste, tendo sido ressuscitada pelo poder soberano do Filho mediante o Espírito Santo.
5. Embora sejam sucintas, estas observações permitem-nos esclarecer que a Assunção de Maria revela a nobreza e a dignidade do corpo humano. Diante das profanações e do aviltamento a que a sociedade moderna não raro submete em particular o corpo feminino, o mistério da Assunção proclama o destino sobrenatural e a dignidade de cada corpo humano, chamado pelo Senhor a tornar-se instrumento de santidade e a participar na Sua glória.
Maria entrou na glória porque escutou no seu seio virginal e no seu coração o Filho de Deus. Olhando para ela, o cristão aprende a descobrir o valor do próprio corpo e a preservá-lo como templo de Deus, na expectativa da ressurreição. A Assunção, privilégio concedido à Mãe de Deus, constitui assim um imenso valor para a vida e o destino da humanidade.
* L’Osservatore Romano, ed. port. n.28, 12/07/1997, pag. 12(332)
tudo bem com vc meu maigo iquei preucupado oque aconteceu com vc tudo bem pois vc nao veio na festa este meu telefone me da um toque que et retorno 88178785 beleza gsotei de seu blog fica com deus
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